Amor caecus #1
«A rapariga loura reparou naturalmente em Macário, mas naturalmente desceu a vidraça correndo por trás uma cortina de cassa bordada. Estas pequenas cortinas datam de Goethe e elas têm na vida amorosa um interessante destino: revelam. Levantar-lhe uma ponta e espreitar, franzi-la suavemente, revela um fim; corrê-la, pregar nela uma flor, agitá-la fazendo sentir que por trás um rosto atento se move e espera – são velhas maneiras com que na realidade e na arte começa o romance.»
in "Singularidades de uma rapariga loura", de Eça de Queirós
in "Singularidades de uma rapariga loura", de Eça de Queirós
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