:: verba volant, scripta manent ::

Um blog com conteúdos úteis [ou não] de um gajo que aprendeu a ler na semana passada

terça-feira, maio 16, 2006

Sic transit gloria mundi #25

"Um homem vale muito mais pelo que sabe calar do que pelo que sabe dizer."

Albert Camus

sexta-feira, maio 12, 2006

Sic transit gloria mundi #24

Para nunca mais esquecer.


quinta-feira, maio 11, 2006

Justificação de faltas


Nos último tempos, tenho tentado sair daqui. Volto já.

quinta-feira, maio 04, 2006

Sic transit gloria mundi #24

Perfilados de medo
Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura.
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo combatemos
irónicos fantasmas à procura
do que não fomos, do que não seremos.
Perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido...
Alexandre O'neill

[Sugestão: ouvir Linha da Frente - Perfilados de Medo ]

Sic transit gloria mundi #23

Tempos modernos. Faz-me lembrar a venda ao desbarato, generalizada aqui à uns anos, de muitos montes alentejanos.
«O resultado final, portanto, é a abolição da distinção entre capitalista e grande proprietário de maneira que, ao todo, há apenas duas classes da população, a classe trabalhadora e a classe dos capitalistas. A venda ao desbarato da propriedade fundiária, a transformação da terra em mercadoria é a ruína final da velha aristocracia e o pleno triunfo da aristocracia do dinheiro.»
in "Manuscritos Económico-Filosóficos", de Karl Marx

terça-feira, maio 02, 2006

Sic transit gloria mundi #22

Recebido por e-mail (e sim, às vezes oscilo entre o sentir-me velho e o sentir-me mais maduro).
"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "á prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvadoaprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos PlayStation nem X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Jogávamos ao elástico e á barra e a bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.És um deles? Parabéns! Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem". Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto meus amigos é surpreendentemente medonho ... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios: a maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...chamam-se jovens. Nunca ouviram "we are the world" e “uptown girl” conhecem de westlife e não Billy Joel. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que “Missão impossível” e “Anjos de Charlie” são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco. Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1.. Entendes o que está escrito acima e sorris
2.. Precisas de dormir mais depois de uma noitada
3.. Os teus amigos estão casados ou a casar
4.. Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores
5.. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis
6.. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos
7.. Vais encaminhar este e mail para outros amigos porque achas que vão gostar.
SE SIM ESTÁS A FICAR VELHO(A)."

segunda-feira, maio 01, 2006

Sic transit gloria mundi #21

Viva o dia mundial dedicado aqueles que trabalham, e que todos os dias, de uma maneira ou de outra, se vêm obrigados a alimentar o capitalista, na sua busca incessante pela melhoria da sua condição, através da exploração egoísta e injusta do trabalho alheio.

sexta-feira, abril 28, 2006

Oculos habent et non videbunt #15


Teodoru Badiu
No more war

Sic transit gloria mundi #20

Desde sempre a sociedade capitalista e hoje a sociedade (também) consumista, a sociedade da Geração MTV que nos entra pela casa adentro, arrastando consigo a opulência e glorificação de quem tem e de quem possui.
«Uma subida apreciável nos salários pressupõeo rápido crescimento do capital produtivo. O rápido crescimento do capital produtivo exige o crescimento igualmente rápido da riqueza, do luxo, das necessidades e das satisfações sociais. (*) Por conseguinte, embora as satisfações do trabalhador tenham aumentado, a gratificação social que proporcionam dimínuiu em comparação com o aumento das satisfações do capitalista, inacessíveis ao trabalhador, e em comparação com a fase de desenvolvimento da sociedade em geral.»
(*) Este itálico é da minha responsabilidade, e não do autor, de forma a assinalar aquilo que me parece a ideia mais forte deste excerto.
in "Manuscritos Económico-Filosóficos", de Karl Marx

quarta-feira, abril 26, 2006

Sic transit gloria mundi #19

E depois do dia do ano em que acordo sempre mais livre e em que a vida me sabe melhor, vivo novamente com o meu PREC mental, diário e tão essencial à vida. Acordar todos os dias revoltado com o que está mal e lutar, à minha maneira, para que o mundo em que vivemos seja cada vez melhor.

quinta-feira, abril 20, 2006

Oculos habent et non videbunt #14


Rafael
Academia de Atenas

sábado, abril 15, 2006

Este blog, tal como eu, está de férias.